Talvez a palavra "favorita" não fosse ideal, pois tenho muitos favoritos, mas acredito que essa autora tem um diferencial: sua literatura toca a quem a lê, numa espécie de mágica sem explicação e que toca profundamente nos sentimentos que nós mesmos nem gostamos de admitir que sentimos.

Em uma de nossas aulas, nas terças de manhã ele chegou com muitos papeis e a sua bolsa descolada, como era de costume. Mas, naquele dia, antes de ler a coletânea e nos encaminhar alguma atividade ele nos admitiu: " Hoje estou entregando a vocês um de meus tesouros", eu sempre soube que o nos era trazido tinha grande valor para o mesmo, mas se desta vez ele nos informou, mesmo que de forma simples sobre o valor daquilo tudo, era porque as coisas que estavam escritas naquele informativo deveriam ser lidas com a máxima atenção e com ao menos um pouco de carinho. O que este professor nos trazia era um conjunto de textos de um livro chamado TCHAU, muito premiado por sinal e escrito por uma autora que admito nunca ter ouvido falar antes daquele dia, a nossa queria Lygia Bojunga Nunes. Grande parte dos seus livros tem uma temática voltada para a literatura infanto-juvenil mas normalmente seus textos não seriam facilmente interpretados por uma criança de 10 anos.
Lendo " A Troca" foi amor a primeira vista, mostrando que tudo se tratava de uma literatura profunda e gostosa, por isso dou a Lygia o trofeu de minha autora favorita.
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